sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Em um quarto escuro



Sozinho em meu quarto, a única luz é a da lua que,

adentra pela janela entreaberta.

Sentado a beira da cama, tendo como companhia apenas algumas fotos sua,

o sentimento de perda faz com que o coração queira parar.





Perdem-se as horas, já não sei quanto tempo estou ali,

o silêncio da noite aumenta o desespero.

Sua imagem parece não mais estar diante de meus olhos,

a visão começa se tornar turva não há nada mais para enxergar.

Tudo se torna escuridão não existe mais nem um único ponto de luz.





Ao tocar a foto, sinto a beirada molhada,         

sinto uma lágrima nascer em meus olhos e morrer em minha boca.

O gosto amargo da solidão, abraçado por lágrimas que não querem cessar,

a dor aumenta por não ter tido a oportunidade,

 de sentir pela ultima vez o doce sabor de sua boca.





Um ruído seco quebra o silêncio, a foto de minha mão

sobe ao ar e se perde no escuro do quarto.

Agora sou  apenas parte do silêncio, e não há mais nenhum choro.

Â. A.

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