sábado, 22 de outubro de 2016

Eu, ela e um café



Outro encontro com ela, outro passeio, outra conversa,
outro dia junto dela, mais um dia segurando sua mão.
Como poderia ser diferente? Aqueles olhos, aquele sorriso, como não se apaixonar?
Suas manias, suas conversas, sua risada...
Há dias que gostaria de parar o tempo, só para poder ficar mais tempo com ela...
em outros, gostaria de acelerá-lo apenas para poder vê-la novamente.
Nossos encontros sempre acompanhados de uma xícara de café,
todo detalhe, cada gesto dela, tudo sendo admirado,
a maneira que segura a xícara, o pequeno bico que faz para soprá-lo,
o modo como a fumaça do café se envolve nos cachos de seus cabelos...
Por um instante tudo para, nada mais existe,
apenas ela, e o modo como me olha
assim que acaba de tomar um gole de café.
Tudo é perfeito, desde seu sorriso até a mancha de batom
que deixa na borda da xícara.
Não é preciso mais nada...
Apenas eu, ela e um café...

Â.A.

sábado, 1 de outubro de 2016

São aquelas lágrimas que ainda não caíram



Talvez o romance em mim tenha morrido,
ou talvez tenha só se escondido...
Onde haviam marcas de beijos, hoje se encontram cicatrizes
são as lágrimas que ainda não caíram... se recusam a caírem...
O sorriso que carregava foi perdido a muito tempo,
foi tirado, talvez roubado, não sei ao certo...
Não há mais calor, não a mais deslumbre,
nem os olhos têm mais aquele brilho.
São aquelas lágrimas que ainda não caíram,
são nelas que o coração se afoga...
Talvez tenham congelado, devastado tudo o que havia por dentro...
não se escuta mais nada, nenhum ruído,
é gélido, sem vida, o beijo já não tem mais aquela chama.
Como em uma armadilha a alma se encontra presa, ferida...
as palavras bonitas que fluíam, hoje se encontram perdidas em um deserto de gelo.
Todos os poemas, se empilham, carregam com eles um fantasma... um fantasma de um garoto apaixonado, que ainda vaga por aí.
São as lágrimas que ainda não caíram, talvez tenha esquecido como se chora,
as vezes as gotas de chuva na janela,
me lembram os caminhos que as lágrimas fazem... quando caem pela face...
São aquelas lágrimas que ainda não caíram... e talvez nem venham a cair...

Â. A.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

O abismo



Estive a beira dele várias vezes, 
tentava enxergar o fundo, tentava descobrir o que o escuro escondia
muitas vezes recuei, mas sempre me encontrava na beirada.
Dava rodeios, tentava caminhos diferentes,
mas não importava o que fazia, sempre estava ali...
As vezes parecia que algo brilhava ao fundo, 
uma suave melodia vez ou outra
mas o que será que o escuro escondia?
Perdia horas a beira do abismo, ficava indeciso...
deveria me entregar assim? Deveria dar esse passo?
Todas as vezes que olhava em seus olhos,
eu me deparava com esse abismo,
e um dia sem pensar, me joguei da beirada...
Mas o escuro, apenas aumentou...
e no fundo, me encontrei sozinho...

Â. A.


quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Tudo o que ofereço...



Olá moça, não sou a melhor pessoa do mundo,
talvez não seja o que todos procuram...
Sou apenas mais um grão de areia em meio ao vento,
mas quem sabe o que você procura?
Moça, podemos andar de mãos dadas, esquece um pouco esse celular, 
vamos ter um dia tranquilo, um parque, um café talvez...
Quem sabe um pouco de palavras ao vento, ou simplesmente um colo e um afago.
E que tal a lua? Não prometo lhe entregá-la, pois muitos já prometeram isso,
mas lhe ofereço uma companhia para observá-la, e de quebra teremos as estrelas.
Acharemos um bom lugar, para contemplarmos um por do sol,
e o que pensa das flores? Não lhe darei, pois logo elas morreram, mas
podemos escolher um jardim, onde possamos vê-las sempre que quisermos.
Moça, quem sabe, procure em seus pertences, talvez haja algumas mensagens,
nada ruim, mas algumas palavras para fazerem seu dia mais bonito,
sabe, poderíamos nos ver por aí, mesmo que fosse rápido,
mas seria o suficiente para ver o seu sorriso, e dizer que estava com saudades,
e de bônus, um abraço apertado.
E nos dias de chuva? Poderíamos ficar em casa, olhando os desenho que 
se formam na janela, e quem disse que não poderíamos correr pela rua?
Sim, poderíamos sentir a chuva em nossos rostos, 
E depois? Depois nos aconchegaríamos em um sofá, ou no chão forrado com alguma coberta,
com boas doses de carinho e cafunés, e grandes xícaras de chocolate quente.
Moça, não tenho muito a oferecer, não lhe prometo muita coisa...
Mas posso tentar, todos os dias, lhe fazer sorrir...
Tentarei todos os dias... fazer você se apaixonar...
Moça, isso é tudo que tenho a oferecer...

Â.A.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Sozinho



Muitos se deparam com ele, tentam saber o que ocorre,
em seus olhos não existe mais um brilho convidativo.
Sua visão já muito embaçada com as lágrimas
ele sempre procura algo ao longe, 
passa despercebido, já evita qualquer tipo de contato...
poucas palavras saem de sua boca, raros são os momentos que esboça um sorriso.
Quem saberá o que ocorreu? Ninguém sabe, mas quem iria se importar com ele?
São sempre as mesmas mentiras com outras máscaras...
um coração partido ainda pode sangrar, cicatrizes ainda podem causar dor...
Talvez ele ainda encontre o que procura, nada é concreto
uma palavra pode se tornar outra num piscar de olhos...
Algumas almas caminham sozinhas, não importa o quanto estenda a mão
não haverá ninguém para segurá-la.

Â.A.

domingo, 21 de agosto de 2016

As vezes eu...



As vezes queria apenas ter enrolado um pouco mais na cama antes de levantar,
queria ter esquecido algo em casa e ter precisado voltar
poderia ter andado um pouco mais devagar.
Poderia ter decidido ficar em casa, ter deixado para outro dia,
talvez se tivesse ficado em outra posição, assim não a veria...
poderia ter passado despercebida por meus olhos.
Mas quem poderia saber o que estaria por vir...
nem sempre os poemas são longos ou com finais felizes...
As vezes queria não ter olhado em seus olhos,
não queria ter visto ela sorrir...
Poderia ter simplesmente olhado em outra direção,
ou mesmo ter baixado a cabeça e olhado para o chão...
As vezes queria ter perdido suas lembranças, o desenho de seu rosto,
O dia poderia ter acabado de outra maneira,
poderia eu ter continuado sem tê-la mirado,
as vezes queria eu não ter me apaixonado...

Â.A.


quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Apenas um garoto apaixonado



São 123 dias ou 16 semanas, marque da maneira que quiser,
e ele ainda continua contando...
não a esqueceu, sempre a procurava, não desistiu de tentar.
Ele se fascinou por seu olhar, passou todo esse tempo
tentando descobrir quem ela era, onde morava, do que gostava...
Seu caminho cruzava com o dela, mas tudo ao acaso,
toda vez que à via sentia frio na barriga, tremia...
toda vez que a via, sua curiosidade crescia e surgiam indagações.
Será que ela realmente estava olhando para ele?
Seria o sorriso que ela esboçava em seu rosto para ele?
Por vários dias ele ficou pensando...
Não sabia como agir, não sabia se falava com ela, tinha medo da rejeição.
Mas que bobeira a dele, não tinha do que ter medo,
seria apenas um "oi", um "bom dia",
mas quem saberia o que passava em sua cabeça?
Ficava trocando olhares com ela, tentava disfarçar
mas já não conseguia mais...
Então em uma noite, a viu, no meio de tanta gente
o belo brilho em seus olhos, mas o que ele não esperava
era que ele estava ao lado dela,
ele a olhou, ela o olhou...
ele lhe ofertou um sorriso, ela aceitou...
E hoje, este poema continua, os dois escrevendo juntos fora do papel...

Â.A.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Aqueles olhos castanhos



São lindos não?
Aqueles belos olhos castanhos, aqueles que quase nunca são percebidos,
duas pequenas esferas com suas paletas de cores...
Várias tonalidades, vários degradês em apenas um par de olhos.
Olhos misteriosos, quem ousa olha-los de perto,
nunca mais irá querer olhar outros olhos
pequenas esferas amendoadas que têm um brilho único.
De sua extremidade até seu centro, do dourado do mel
até o escuro marrom do chocolate.
Aqueles belos olhos castanhos que se avivam em contraste com a luz do sol,
são os mesmos olhos castanhos que me fazem cair em paixão...
A noite tomam a cor do ébano, me prendem em seu feitiço,
não consigo parar de olha-los...
São aqueles belos olhos castanhos, aqueles mesmos olhos
que fogem do meu olhar, que se escondem...
Mas quando tenho a sorte de mira-los, 
não quero enxergar mais nada além do belo tom de avelã que eles possuem.

Â.A.  

terça-feira, 26 de julho de 2016

E se...



E se não tivesse esperado tanto tempo,
talvez conseguisse falar algo ou talvez não
sempre ficava fazendo planos, ensaiando suas palavras.
E se fosse seu último dia? E se fosse suas últimas palavras?
Será que assim conseguiria falar?
Talvez não seja para dizer, talvez seja para guardá-las com você...
E se não te escutarem? E se simplesmente ignorarem suas palavras?
Nunca saberá, sempre ficará com esse pensamento... e se...
Talvez nunca escutem tais palavras, talvez elas se percam
e se algum dia resolver dizer?
Talvez haja alguém, talvez não,
Quem sabe, nunca poderá saber,
talvez estas palavras sirvam apenas para preencher uma folha em branco...

Â. A.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Apenas uma carta de amor



São palavras que ela nunca escutou,
um sentimento que ela nunca sentiu, carinhos que ela nunca teve...
Pode ser que um dia ela descubra, mas pode ser que ela nunca saberá de sua existência
uma grande mulher, feita em um pequeno molde,
fez de um garoto um poeta.
O fez enxergar perfeição em coisas simples,
suas noites sem dormir pensando em seu sorriso,
tentando encontrar algo que tenha seu perfume.
Já trocaram algumas palavras, mas nada que a fizesse notar....
já não é uma paixão, pois não dói mais,
não é mais uma atração, pois ele não sabe mais explicar o por que...
Apenas uma carta de amor, apenas uma folha de papel,
quem sabe o que isso pode fazer?
São palavras que um dia vão se desfazer,
nem mesmo o papel segurará essa tinta eternamente...
mas sempre restará esse amor.
O mesmo amor que anda de mãos dadas com a solidão,
o mesmo amor que o faz chorar a noite,
o amor que o fez admirar um sorriso.
É o mesmo amor que faz um poeta declamar a lua suas palavras...
o mesmo amor que transforma uma folha de papel
em uma linda coletânea de palavras.

Â.A. 

terça-feira, 19 de abril de 2016

Um dia eu a amei



E ele ficava ali, sentado, admirando só o que seus olhos conseguiam ver,
parecia o nada, mas um nada incomum
o nada que preenchia seu coração.
Soltava gargalhadas, chorava, berrava, ficava mudo...
de seus olhos transbordavam ilusões,
sua insanidade havia ficado maior que a lucidez.
Ele esticava a mão, tentava alcançar, tinha medo
a chamava pelo nome, nunca havia esquecido...
não sabia mais como ela era, era apenas uma sombra.
Uma sombra, mas havia algo que só ela possuía...
uma pequena luminosidade, onde se localiza um belo sorriso,
por quê uma sombra a de ter um sorriso?
A sua loucura havia criado forma, havia se materializado,
o bizarro tomava conta, a barreira havia se quebrado
não distinguia mais o que era real, tudo parecia tão igual...
Não, não, não, ele não queria sair, sim ele aprendeu a gostar
havia tantas cores, tantas formas, algumas davam medo,
mas o que é a vida sem um pouco de medo?
Seus olhos vidravam, suas pupilas dilatavam,
uma experiência totalmente anormal, um quarto escuro
se transformou em um mundo de insanidade e loucura.
Suas risadas ressoavam os corredores, sua pele era marcada,
símbolos, coisas amórficas...
raras as vezes se ouvia sussurros, palavras bonitas,
lindas declarações que logo o silêncio consumia...
de olhos vermelhos brotavam-se lágrimas, 
rios salgados banhavam um rosto, e surgia um nome, apenas um nome...
Ele engasgava ao pronunciar, ninguém sabia quem era...
e bem baixinho ele dizia...
"... um dia eu a amei..."

Â. A.

domingo, 10 de abril de 2016

Dono de um coração solitário


Ele nunca quis que fosse assim
sempre tentou fazer diferente, que fosse bom,
buscava sempre por um sorriso...
De tantos remendos, te tantas suturas
o doce que predominava em sua alma
se tornou um agridoce, as vezes mais amargo...
Pequenas doses de doçuras, mas não o suficiente
por onde deixa suas pegadas, também deixa pequenos cacos
deixa para trás pequenas lembranças, 
Pequenos cacos que refletem um sorriso, um olhar,
que um dia foi-se uma paixão.
Dono de um coração solitário... não se entrega a mais ninguém.
De tanto flertar com o vazio, com a solidão,
acabou-se por se apaixonar por ela...

Â.A.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Ele a amou



Então ele a via, nem sequer sabia se existia,
corria os olhos por todos os caminhos a sua procura.
Ele passava o dia ansioso, querendo-a encontrar novamente,
todas as vezes que a via, ele sorria.
Brotavam dúvidas, seria ela real ou mero fruto de sua imaginação?
Passava horas imaginando o gosto do seu beijo, 
a ternura de sua pele, o aroma de teu corpo...
Quando chegava a noite, ele recostava sua cabeça no travesseiro
passava horas olhando para o teto, e quando menos esperava seus olhos fechavam.
E neste instante, como um escultor molda uma peça de mármore, 
como um artista em suaves pinceladas cria uma bela obra,
sua silhueta, assim como uma fina linha em um papel branco,
delicadamente se formava diante de seus olhos.
Era seu anjo, sua melhor visão, seu mais doce sonho...
não conseguia distinguir a loucura da lucidez,
então ele a criou, do seu mais profundo desejo, 
ele não queria mais abrir seus olhos...
E neste instante... ele a amou...

Â. A.

quinta-feira, 10 de março de 2016

Nunca perca sua essência



Ele era apenas um garoto, mas não como qualquer outro,
ele não se interessava pelas mesmas coisas que todos,
sua mente vagava por um mundo diferente.
O surreal o seduzia, o estranho o fascinava,
ele se sentia diferente, tentava se esconder...
Viveu durante muito tempo escondendo sua essência,
vivia em um mundo onde ninguém mais conhecia a entrada
mas o desejo de sua alma de se libertar era mais forte,
já não queria mais viver escondido...
Encontrou coragem onde outros não conseguiriam encontrar,
teve forças para enfrentar qualquer insulto que recebeu
ele não tinha mais medo, ele escolheu trazer seu mundo para esta realidade.
Não perdeu sua essência, não se deixou seduzir pelo que todos achavam certo,
transformou seu corpo em uma tela em branco, 
onde a tinta tomaria conta, onde sua vida seria contada...
sua forma de caminhar, sua forma de enxergar a realidade, a todos intrigavam.
Ele era um garoto diferente, ele não usava a roupa que todos julgavam correta,
ele sempre estava com sua bota, seu coturno,
seu jeans rasgado e sua camisa surrada,
se interessava por coisas que ninguém mais reparava...
se interessava por simples sorrisos, via uma beleza surreal nesta curva...
Era apenas um garoto, com gostos peculiares,
a sinfonia da chuva o encantava, o pôr do sol o intrigava, e a lua o apaixonava...
em uma folha de papel suas palavras ganhavam vida,
seus desejos e sentimentos fluíam pela tinta de uma caneta...

Â.A.



sexta-feira, 4 de março de 2016

Apenas a faça sorrir



Acorde-a com um beijo na testa,
deixe pequenos bilhetes, pequenas mensagens espalhadas,
procure em seu coração maneiras de fazê-la sorrir.
Diga a ela como seu sorriso é lindo,
como é apaixonante a maneira em que mexe nos cabelos...
Ligue para ela no meio do dia, apenas para lhe dizer que a ama,
surpreenda-a com um abraço repentino
diga-a o quanto você a quer bem.
Não importa onde ela vá, esteja pronto para cuidá-la,
não importa o quão difícil pareça, ou o quanto precise se esforçar...
Faça- a apaixonar a cada dia, conquiste um lugar em seu coração sofrido,
impeça que caiam suas lágrimas...
Lhe ofereça toda a esperança que lhe foi tirada,
e lembre-se sempre de uma coisa...
Apenas a faça sorrir.

Â.A.


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Um garoto e seu primeiro amor



E lá ficava ele, um pequeno garoto...
ficava pelos cantos, se escondia dos olhares.
Nunca foi de muitos amigos, sempre em seu mundo,
seu misterioso mundo, onde poucos eram aceitos...
E sim, lá estava ela, sempre bela aos seus olhos, 
não entendia o por quê, mas gostava de olhar para ela...
Não sabia o que sentia, não sabia o que significava,
passava-se o tempo, e aos poucos o pequeno garoto,
iria descobrindo o que sentia, iria saber o que tudo isso significava...
Seu primeiro amor, sua primeira paixão,
seu medo de parecer bobo ao seu lado,
evitava o contato, tinha medo de ser pego olhando-a.
Um pequeno garoto, em seu mundo, 
não entendia o por quê...
Queria falar á ela, queria mostrar o quão bonito era seu mundo,
mas o destino, o traiçoeiro destino,
desviou seus caminhos...
Um pequeno garoto em seu mundo, agora um pouco mais cinza, 
nunca soube se ela o notava, talvez sim, mas ele nunca saberá...
O tempo seguiu seu curso, ele encontrou novas paixões,
mas nenhum amor igual ao seu primeiro amor...
mesmo sem querer se lembra dela, se lembra de seu sorriso.
Um pequeno garoto e seu primeiro amor,
ainda existe um pouco dela em seu coração...

Â. A.



segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Querida desconhecida



E foi em meio a todos, que a vi.
Dona de um belo sorriso, longos cabelos e pele morena...
bela desconhecida, dona de um mistério.
Meus olhos a acompanhavam, seguia-á por todo o salão,
sua leveza ao caminhar, seu jeito único de me olhar.
Uma doce melodia saía de tua boca, o movimentar de teus lábios,
seu perfume me embriagava, me fez perder o chão.
Querida desconhecida, minha timidez me prendeu,
nem sequer sei seu nome...
Em meus sonhos, raramente me visita, 
seu sorriso permanece em minha memória...
Talvez nunca mais a verei, mas são vários os esforços,
para lhe encontrar, para poder ver seu sorriso novamente.
Bela desconhecida, em minha memória permanece,
sempre sorrindo, sempre a me olhar...
Quem sabe um dia, nossos caminhos se cruzem novamente,
e eu consiga saber teu nome...


Â.A.