quinta-feira, 31 de julho de 2014

Promessas

Não se ponha a chorar criança,
Mesmo não estando presente nessa vida.
Cuidarei de você.

No sussurro do vento no cair da tarde,
a luz do luar entrando pela fresta da janela.
No seu sono, aquela sensação de que algo esta perto de você.

Serei eu cuidando dos seus passos,
te guiando por esse campo de guerra em que vivemos.
E quando não te restar mais nada a cumprir aqui nessa vida...
Estarei te esperando do outro lado.

Â. A

Caixa no formato de coração

Em um canto isolado, uma velha casa
com suas paredes ruindo, a ponto de desabar.
Ruídos estranhos, sussurros do vento.

Em seu interior abandono, e a fria solidão,
escuridão predomina o ambiente.
Noites enluaradas, pequenos feixes de luz ousam iluminar pequenos cantos.

Certas noites alguns raios iluminam o suficiente,
para revelar em uma velha prateleira.
Uma pequena caixa no formato de coração.

Por muito tempo esquecida em meio a ruínas,
escondendo em seu interior, lembranças.
Lembranças de alguém esquecido pelo tempo...

Â.A.

Desejo proibido

Longe de olhares que punem,
no ápice da lua cheia, a luz alva clareia até o canto mais escuro entre as árvores.
Dois corações se unem em um desejo proibido,
o brilho dos olhos iluminam a noite tanto quanto o luar.
As batidas dos corações apaixonados ecoam no silêncio da noite,
fugidos de tudo para saciar o desejo de sentir o calor de seus corpos.
Saciar a vontade, o prazer de sentir o cheiro, o toque dos lábios trêmulos,
entregar-se ao desejo proibido, ao calor de uma paixão que deve - se manter em segredo.

Â.A.

Paixão proibida

Quando a penumbra da noite se aproxima, 
vai junto com o sol poente o sorriso que pairava em seu rosto. 
Perde- se o brilho em seu olhar, 
as lágrimas se tornam companhia, um rio desce por sua face, 
as lembranças caem sobre seu corpo, atordoam sua mente. 
Tempos em que era feliz ao lado de quem amava, 
um amor puro, um romance proibido. 
Foram dias de profunda entrega a essa paixão, 
mas quando as mãos não puderam mais tocar seu belo corpo. 
Quando não mais se pode tocar seus doces lábios, 
seu coração o abandonou, tentativa infeliz de seguir essa paixão. 
A cada lágrima a lembrança de um sorriso, a cada aperto no peito a lembrança de um beijo, 
a cada grito a recordação do abraço, do caminhar de mãos dadas. 
Sempre soube que não poderia seguir amando, 
mas decidiu se entregar, decidiu se matar aos poucos, se entregar a algo que nunca poderia ter existido. 
Ao escutar aquelas palavras, sua alma o abandonou para seguir junto de quem havia prometido seu coração...
 

Â.A.