Pequeno monstro, pequena besta, acostumado a juntar pequenos potes
potes variados, grandes, pequenos... cada um com sua lembrança.
Potes que guardam cinzas, pequenos punhados de sua alma...
vez ou outra balança algum, fica olhando a poeira assentar,
formam imagens acinzentadas, meio desbotadas
suas lembranças já não são mais tão claras...
Vai caminhando, olhando o infinito do céu respingado de estrelas
sem perceber, algumas lágrimas marcam o chão ao lado de suas pegadas...
já não quer mais, um dia já teve vontade, mas agora...
... agora cada momento triste é um punhado de cinzas que cai ao seu lado
A esse pequeno monstro, resta esperar, não falta muito...
seus potes já estão acabando...
Â.A.